Mais uma noite e eu em meu quarto, imerso no oceano de minhas lágrimas, na enxurrada que me assola. Enxurrada de recordações, mas também de lembranças. Redundância? Não me admito. Reflito. Recordo, mas não lembro; lembro, mas não recordo. Convenço-me. São diferentes. Passeio pelas minhas experiências. Recordo. Flutuo na minha imaginação. Lembro. Recordo e apenas trago à memória algo que me passou, lembro e crio uma imagem, a qual vivo. Pode-se lembrar do que não se foi presenciado. Lembro-me das vontades, desejos. Mas não recordo o que não fiz. Recordo-me de meus pais, em cujos braços acolhedores um dia eu deitei. Lembro-me de meu avô, cuja face pálida e cansada nunca vi.
Não fuja, seu covarde! Tento me enganar nas recordações de uma vida que não te era ciente. E sempre me percebo nas lembranças de um amor, mas que também não te é ciente. Estas, decoro tão perfeitamente que quase as abrigo em um passado existente. Irreal. Coloco-me em dúvida. Pergunto o que é tudo isto. São recordações fiéis. Não. São meras lembranças de uma mente esperançosa e ilusória. Esperançosa, aguarda a volta da felicidade que um dia teve. Ilusória, não vê que esta felicidade, de fato, nunca existiu.
Alguém me chama. Alguém me salva. Seu nome, sanidade. Sinto toda aquela enxurrada deslizar por meus olhos. Já não choro. De ti, sequer me lembro; recordo-me. Procuro todos aqueles pensamentos de nós dois. Não sou egoísta. Abro mão e deixo que vaguem em tua mente. Impostora. Infiel. Mas recíproca. Sei que estarão bem lá. Cultivando as recordações de um futuro que há muito se extinguiu, alimentando as lembranças de um passado que não mais acontecerá.
Não fuja, seu covarde! Tento me enganar nas recordações de uma vida que não te era ciente. E sempre me percebo nas lembranças de um amor, mas que também não te é ciente. Estas, decoro tão perfeitamente que quase as abrigo em um passado existente. Irreal. Coloco-me em dúvida. Pergunto o que é tudo isto. São recordações fiéis. Não. São meras lembranças de uma mente esperançosa e ilusória. Esperançosa, aguarda a volta da felicidade que um dia teve. Ilusória, não vê que esta felicidade, de fato, nunca existiu.
Alguém me chama. Alguém me salva. Seu nome, sanidade. Sinto toda aquela enxurrada deslizar por meus olhos. Já não choro. De ti, sequer me lembro; recordo-me. Procuro todos aqueles pensamentos de nós dois. Não sou egoísta. Abro mão e deixo que vaguem em tua mente. Impostora. Infiel. Mas recíproca. Sei que estarão bem lá. Cultivando as recordações de um futuro que há muito se extinguiu, alimentando as lembranças de um passado que não mais acontecerá.
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