sábado, 11 de setembro de 2010

Entre Mentes Brilhantes



Enquanto isso, em uma conversa descontraída e aleatória...

Ela: Você que fez mal juízo de mim.
Ele: Eu? Magina, você é uma santa. Longe de mim.
Ela: Você ainda tem muito o que saber sobre mim.
Ele: Pode começar a contar.
Ela: O que você quer saber primeiro?
Ele: O que você achar que eu devo saber.
Ela: A gente sempre joga o perigo um pro outro. Não vou fazer isso agora, sou superior.
Ele: Não se iluda com o fácil. O fácil enjoa, o difícil vicia.
Ela: Eu só vou mudar o rumo, torná-lo surpreendente. Surpreender o adversário é sempre o melhor caminho para a vitória.
Ele: Então isso agora é um jogo que tem um vencedor? Achei que os dois lucrariam no fim.
Ela: Depende do objetivo de cada um. Me faz um favor?
Ele: Depende também. O que que eu ganho com isso?
Ela: Qualquer oferta vale?
Ele: Desde que tenha você.
Ela: Um obrigado serve?
Ele: Depende da forma que ele for passado.
Ela: Qual forma de pagamento você aceita?
Ele: Qualquer uma que te satisfizer. Eu sei que também vai ser bom pra mim.
Ela: Então faz, eu vou parcelar e agradeço aos poucos.
Ele: Feito.
Ela: Obrigada (primeira parcela).
Ele: Que tal um aumento nas próximas parcelas?
Ela: Juros?
Ele: Não, preço normal. Eu sou caro.
Ela: Eu não estou comprando você, estou comprando um favor seu.
Ele: É claro que você não está me comprando, afinal você já me ganhou.
Ela: Eu só vou ter ganho você no dia em que você for só meu. E isso vai demorar.
Ele: Então estale os dedos e veja o quanto vai demorar.
Ela: Primeira coisa que você precisa saber sobre mim: eu só faço algo se valer a pena, não gosto de coisas passageiras.
Ele: Então isso é um jogo sério?
Ela: Depende de onde vamos levá-lo. Mas por enquanto é só descontração.
Ele: Mais digno jogar um jogo cujo final não é conhecido.
Ela: Mais arriscado e interessante.
Ele: E, com o tempo, viciante. Ou já agora, se você preferir.
Ela: Vamos apenas jogar o dado e ver o que acontece.
Ele: O dado é só uma desculpa pra enxergarmos o lado que mais é conveniente.
Ela: O mais conveniente nem sempre é o certo, ou o que queremos.
Ele: O mais conveniente raramente é o certo. Nunca ouviu falar que o errado é o que mais vicia?
Ela: Já ouvi falar muito disso.
Ele: Então, agora é a hora de experimentar. Bem vinda ao meu mundo.
Ela: Eu experimento o seu, e você experimenta o meu. Bem vindo ao meu mundo.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Vida e Amor Não Combinam com Dor



Quanto vale um sorriso? Quanto vale um amor? Quanto vale uma vida? Um sorriso vale uma dor? Um amor vale uma dor? Uma vida vale uma dor? Uma dor pode não valer nada, a física. Uma dor pode valer tudo, a emocional. De que adianta todos os sorrisos, todo o amor e toda uma vida, se de repente uma dor que não vale nada nos traz à pele o áspero toque da dor que vale tudo?

Por um tempo, sua vida está perfeitamente encaminhada. Você só quer chegar a casa, tomar um café, ouvir uma música e deitar no conforto da cama quente, te esperando pro descanso de uma semana exaustiva. Isso é tudo o que você quer, e nada mais. O resto não importa. E em frações de segundo, você só quer sair de casa. Encontrar a única pessoa que abriga sua mente no momento e oferecer-lhe o abraço que você talvez nunca tenha tido coragem de pedir. E ver o brilho dos seus olhos, sentir o beijo aveludado da magia do amor, não o físico. Um amor. Um sorriso. Uma vida.

De repente, o foco muda, a sensação muda, a vida muda. De que vale uma vida? Vale o cuidado suficiente para que seja capaz de manter acesos o sorriso e o amor. Vale a força necessária para se suportar uma dor, a força chamada amor. Vale a coragem requisitada para suportar essa dor. Para suportar a dor que vale tudo. A dor que vale tudo é a dor da ausência. A dor que vale tudo é a dor da saudade. A dor que vale tudo é a dor de perder.