De repente tudo ficou preto. Eu não respirava, eu não conseguia me mover. Não fui eu que fiz aquilo, foi você que me obrigou. Como eu poderia agora viver sem poder te abraçar, sem poder te tocar? Logo eu, que fiz de tudo pra suprir suas necessidades: se um dia foi feliz, fui eu que o fiz; se um dia se orgulhou, foi de mim; se um dia sorriu, foi pra mim; se um dia...ah, não vale mais a pena dizer.
Eu só queria que você soubesse que eu nunca me acostumei a viver sem você. Todos os nossos momentos ficaram marcados em uma memória que se enchia de desesperança e tristeza. Eu te amava irrevogavelmente por você nunca ter feito por onde. Eu não me culpava por nunca ter agido de uma forma que não fosse me trancar no quarto, chorar e perder meu tempo. Eu perdi a minha vida naquele lugar. Tantas vezes eu podia sair e me divertir, mas, ao invés disso, preferi permanecer trancado no mundo da dependência. Você foi uma droga! Em todos os sentidos possíveis, a pior com a qual já me deparei, mas todos nós sabemos que as piores drogas são as que mais viciam.
E agora, mais do que nunca, arrependo-me de ter estado neste quarto. Dei-te a minha vida, literalmente. Mas por que deixei de aproveitar tudo que eu poderia? Destino? Talvez. E ele a cada dia nos surpreende ainda mais. No auge da minha ingênua ignorância, eu pensava que já havia deixado tudo pra trás e não tinha mais pra que existir, nem me arrepender. Levantei da cama, passos curtos e frios. Cheguei à janela. As mãos trêmulas e as lágrimas nos olhos. O vento tocou suavemente meu rosto, e o secou. Um movimento brusco e não havia volta. Eu agi. Lá embaixo, pessoas andavam e carros buzinavam. Tudo parecia tão normal, exceto por mim mesmo. O chão aproxima-se cada vez mais rápido. Droga, a gravidade! Deixo fluir e aproveito o único momento da minha vida em que eu pude voar. E o último, por sinal. De repente tudo ficou preto. Eu não respirava, eu não conseguia me mover. Não fui eu que fiz aquilo, foi você que me obrigou.
Eu só queria que você soubesse que eu nunca me acostumei a viver sem você. Todos os nossos momentos ficaram marcados em uma memória que se enchia de desesperança e tristeza. Eu te amava irrevogavelmente por você nunca ter feito por onde. Eu não me culpava por nunca ter agido de uma forma que não fosse me trancar no quarto, chorar e perder meu tempo. Eu perdi a minha vida naquele lugar. Tantas vezes eu podia sair e me divertir, mas, ao invés disso, preferi permanecer trancado no mundo da dependência. Você foi uma droga! Em todos os sentidos possíveis, a pior com a qual já me deparei, mas todos nós sabemos que as piores drogas são as que mais viciam.
E agora, mais do que nunca, arrependo-me de ter estado neste quarto. Dei-te a minha vida, literalmente. Mas por que deixei de aproveitar tudo que eu poderia? Destino? Talvez. E ele a cada dia nos surpreende ainda mais. No auge da minha ingênua ignorância, eu pensava que já havia deixado tudo pra trás e não tinha mais pra que existir, nem me arrepender. Levantei da cama, passos curtos e frios. Cheguei à janela. As mãos trêmulas e as lágrimas nos olhos. O vento tocou suavemente meu rosto, e o secou. Um movimento brusco e não havia volta. Eu agi. Lá embaixo, pessoas andavam e carros buzinavam. Tudo parecia tão normal, exceto por mim mesmo. O chão aproxima-se cada vez mais rápido. Droga, a gravidade! Deixo fluir e aproveito o único momento da minha vida em que eu pude voar. E o último, por sinal. De repente tudo ficou preto. Eu não respirava, eu não conseguia me mover. Não fui eu que fiz aquilo, foi você que me obrigou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário